03 fevereiro 2008

Dor

"Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!"
Florbela Espanca

Dor tremenda nunca esquecida, sempre sentida e sempre vivida!
ESTA é a única constante na minha vida.
Uma dor que chegou não sei quando, mas que permanece e não desaparece.
Dor esta que me destrói a cada segundo que passa, que me afasta das pessoas de quem gosto e que me impede de desfrutar a plenitude daquilo a que chamam Vida.
Se um dia pudesse pedir um desejo que fosse, era este, que esta dor se desvanecesse na eternidade e nunca, mas nunca mais pousasse na alma que é minha.

1 comentário:

Divinius disse...

A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA...)
Gostei de ler:)